Cyril Després confirma Rúben Faria para 2010
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Cyril Després confirma Rúben Faria para 2010
Foi em ambiente de descontracção após a sua terceira vitória no rally Dakar que Cyril Després, esteve em Lisboa numa conferência de imprensa onde deu a conhecer alguns dos planos da sua equipa para 2010.
Com a presença de boa parte da imprensa nacional o francês quebrou o silêncio relativamente ao futuro do seu “mochileiro” para 2010 e confirmou a continuidade do algarvio na equipa Red Bull/KTM depois da excelente prestação de Rúben na prova disputada este mês na América do Sul.
“Posso dizer que há partida não contava com o Rúben para estar comigo na equipa. Tinha o apoio do piloto James West do Dubai, mas este lesionou-se e quando voltou a andar de moto não tinha a rapidez necessária para enfrentar esta prova.
É claro que pensei no Rúben mas houve alguém que me confirmou que ele estava com a Yamaha e fiquei na expectativa.
Depois havia o problema dos pneus. Como se sabe tem havido alguns casos com os pneus nos últimos anos e eu decidi voltar a utilizar pneus Michelin, mas quem fez todo o desenvolvimento das borrachas foi o James e não sabia se o Rúben se iria habituar aos Desert.
Quando lhe liguei a explicar o que queria fazer fiquei surpreendido com a sua resposta: disse-me assim “ Se quiseres amanhã de manhã estou aí para testar.”.
Nos testes físicos o Rúben esteve muito bem e deu-me boas indicações quanto ao apuro de forma em que estava.”
Cyril Després quando falava para a imprensa nacional
Relativamente à prestação do Rúben, Cyril Despres explicava que, “Só posso dizer que fiquei muito contente com tudo o que ele fez. Também já estive na posição dele quando fui “aguadeiro” do Nani Roma e sei bem que, por vezes ,temos de refrear o andamento. Uma coisa é certa acho que o Rúben aprendeu que os pilotos portugueses têm todas as hipóteses para vencer um rally deste estilo.”
Quando questionado sobre se prefere as provas disputadas em África ou na América do Sul, Després foi pragmático.
“No fundo do meu coração continuo a achar que o Dakar pertence a África, mas o que eu não quero é que se repitam as situações de 2008 quando a prova teve de ser anulada. Trabalhei arduamente durante dez meses depois foi tudo por água abaixo. Tive pena que a prova não arrancasse de Portugal e perdeu-se muito com tudo o que se passou.
A prova deste ano foi uma das mais completas de sempre. Apanhámos todo o tipo de piso: dunas, caminhos rápidos, trialeiras, pó, lama, chuva, calor e neve.
São os ideais condimentos para uma boa prova, acima de tudo divertimo-nos muito e passei por bons momentos com toda os elementos da minha equipa.
Neste momento penso que o Dakar tem todas as hipóteses de ser exportado para qualquer ponto do globo onde haja trilhos: Rússia, China e alguns países da Ásia têm condições ideais para fazer este tipo de provas,” finalizava desta forma Després.
O entendimento entre os dois pilotos da equipa KTM/Red Bull é perfeito
Rúben Faria ouvia o seu mentor a falar e para que este percebesse exprime-se em espanhol.
“Tenho de agradecer a todos aqueles que me ajudaram ao longo destes anos. Ando de moto desde os cinco anos e como tal foram muitas as pessoas que me deram o apoio e que permitiram que esteja agora onde estou, com uma equipa oficial a disputar o maior Rally do mundo.
Relativamente ao facto do Cyril achar que os portugueses têm hipótese de ganhar um Dakar, temos de pensar que em 15 dias de prova tudo pode acontecer, é preciso muita sorte e também muita cabeça para evitar problemas porque estes surgem do nada numa competição deste estilo.
É fácil chegar ao Dakar e ganhar duas ou três etapas mas o que conta é a consistência no final. Ainda temos que caminhar no sentido, de ganhar mais experiência. No futuro quem sabe?”
No final ainda houve tempo para brincadeira
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